Salmos – 77(78)
Evangelho – João 3,
13-17
No livro de Números, na trajetória do
povo de Israel pelo deserto, reclamam e põem-se a falar novamente contra Deus e
contra Moisés. Rezingam pela falta de água, de pão, porque alegam estar com
nojo daquela comida, o maná. Então o Senhor mandou contra o povo serpentes
venenosas, e muitos morreram. O povo arrependido procurou por Moisés, pediram
sua intercessão. Deus ouve a voz do seu profeta, e manda levantar sobre uma
haste uma serpente de bronze, e todo aquele que, mesmo picado, olhar para a
serpente, ficará curado.
No evangelho de João, Jesus fala a
Nicodemos que ele é o caminho para o céu: “ninguém subiu ao céu, a não ser
aquele que desceu do céu, o Filho do homem” (Jo 3, 13). Faz uma analogia entre
a serpente de bronze levantada no deserto por Moisés e o que virá a acontecer -
“assim é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todos os que
nele crerem tenham a vida eterna” (Jo 3, 14b - 15), esclarecendo que sua vinda
em nosso meio não teve o intuito de condenar o mundo, mas de salvá-lo.
Hoje celebramos a festa da Exaltação
da Santa Cruz, é uma tradição cristã de origem oriental. No Antigo Testamento,
a salvação não era a figura da serpente, mas o símbolo que levou o povo a
lembrar, toda vez que a olhassem, que existe um Deus único, e este, nos ama.
Também, renovando o significado no Novo Testamento, a cruz, antes usada para
condenação e humilhação do homem, hoje, em Jesus Cristo, é a fonte de salvação,
é o sinal de nossa libertação, onde renovamos nossa esperança no amor do Pai,
Deus único, para cada um de nós.
“A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo
deve ser a nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos
salvou e libertou”. (Gl 6, 14)
Isso leva-nos a refletir se não
estamos idolatrando figuras e crenças em nossos dias, que na verdade nos deixam
prisioneiros, escravos. Já soube de representantes comerciais que não colocam
sua bolsa no chão porque isso atrai tudo o que há de ruim para sua vida. Esses
mesmos, com essa tola preocupação, numa visita ao cliente, colocam sua bolsa em
cima da mesa, entre ele e seu cliente, já criando a primeira barreira. Há um
ditado popular bem oportuno: “você é exatamente naquilo em que você acredita”.
Se todos os dias refletimos que nossa salvação está em Cristo, em Deus, não é
uma bolsa no chão que irá derrubar-nos. Por favor, não crie obstáculos,
liberte-se.
Com a paz do Senhor
Jesus, desejo a todos um feliz dia.
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