WELCOME

O meu dia a dia, meus pensamentos. Convido você a viajar comigo nestes preciosos momentos.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Liberdade – 12/01/12


1ª Leitura – 1 Sm 4, 1-11
Salmo -43(44)
Evangelho – Marcos 1, 40-45

Os filisteus se reúnem para fazerem guerra contra Israel, neste primeiro combate os israelenses perdem cerca de quatro mil homens. Os anciãos se perguntam por que o Senhor deixou serem derrotados? Decidem ir buscar a arca da aliança ladeada de querubins que se encontrava em Silo. “Os dois filhos de Eli, Hofni e Fineias, acompanhavam a arca. Ao chegarem muitos gritos, como de costume, se ouvia no acampamento. Os filisteus ao ouvirem esse barulho inicialmente tiveram medo, pois conheciam o poder do Deus de Israel, Deus que libertou seu povo do Egito, mas, usaram o fato como motivação, que não tivessem medo e enfrentassem o seus inimigos. Israel foi massacrado, acabou perdendo trinta mil homens na batalha e os filisteus se apoderaram da arca matando os filhos de Eli.

No Evangelho um leproso chega perto de Jesus, com fé e de joelhos pede a cura. Jesus se compadece e cura o homem, pedindo que ele, conforme a lei de Moisés apresentasse ao sacerdote, oferecendo para a purificação e, energicamente, pediu que não contasse para ninguém. O homem seguiu, mas ao contrário, radiante, falava do milagre que lhe foi concedido, com isso Jesus não pôde andar mais publicamente, muitos vinham procurá-lo.

Inquestionavelmente Deus sempre está do nosso lado, proposto a nos proteger e iluminar o nosso caminho, mas, nos afastamos do seu amor toda vez que agimos com egoísmo e arrogância, fazendo de objetos sacros como amuletos, desvirtuando sua real função, colocando Deus como guardião de nossas pretensões terrenas. E é isso que vemos na primeira leitura, quando o povo de Israel faz da arca da aliança, sinal do Senhor no meio do seu povo, como amuleto de proteção diante de seus inimigos. Isso não pertence a Deus. A nossa fé tem que ser igual a do homem, que ao ser curado não se prende da alegria de ter tido um real encontro com o amor e quer divulgar, catequizar todos aqueles que encontra à sua frente.

Precisamos discutir qual a real função das imagens para nós católicos. Peço que analise uma foto de uma mulher qualquer, não sentiremos nada, apenas poderemos dizer se a mulher é bonita ou feia, se está alegre ou triste e assim por diante. Agora frente a foto de nossa mãe, ao vê-la, o que sentimos? Não é somente uma mulher, mas nos leva a lembrar todo o sacrifício, atenção, amor que aquela pessoa teve por nós. Sentimos interiormente compaixão, saudades, emoções muitas vezes imensuráveis, chegamos, caso não a termos mais ao nosso lado, chorarmos pela sua falta. E essa é a função das imagens, de fazer nosso pensamento pender à pessoa que um dia esteve ao nosso lado, viveu com nosso povo, trabalhou, se sacrificou em favor do Projeto de Deus. A imagem não deve se tratada como amuleto, como também, com respeito ao santo ou santa que nos lembra, não devemos quebrá-la, do mesmo modo, como não rasgaríamos a foto de nossa mãe. Hoje ainda, quando sinto vontade de beijar minha mãe vou até ela, mas quando sinto vontade de beijar o meu pai, beijo sua foto, pois foi um santo homem em minha vida.

Cuidado, nós vendedores, com as manias: não colocar a bolsa no chão, não entrar com o pé esquerdo nos ambientes, verificar o horóscopo e tantas outras fantasias que podem estar atrapalhando nosso desenvolvimento.


Peço a Deus que nos abençoe e nos conceda o discernimento de podermos optar sem estarmos criando amuletos e fantasmas em nossa caminhada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário