1ª Leitura – 1 Sm
4, 1-11
Salmo -43(44)
Evangelho – Marcos
1, 40-45
Os filisteus se
reúnem para fazerem guerra contra Israel, neste primeiro combate os israelenses
perdem cerca de quatro mil homens. Os anciãos se perguntam por que o Senhor
deixou serem derrotados? Decidem ir buscar a arca da aliança ladeada de
querubins que se encontrava em Silo. “Os dois filhos de Eli, Hofni e Fineias,
acompanhavam a arca. Ao chegarem muitos gritos, como de costume, se ouvia no
acampamento. Os filisteus ao ouvirem esse barulho inicialmente tiveram medo,
pois conheciam o poder do Deus de Israel, Deus que libertou seu povo do Egito,
mas, usaram o fato como motivação, que não tivessem medo e enfrentassem o seus
inimigos. Israel foi massacrado, acabou perdendo trinta mil homens na batalha e
os filisteus se apoderaram da arca matando os filhos de Eli.
No Evangelho um leproso
chega perto de Jesus, com fé e de joelhos pede a cura. Jesus se compadece e
cura o homem, pedindo que ele, conforme a lei de Moisés apresentasse ao sacerdote,
oferecendo para a purificação e, energicamente, pediu que não contasse para
ninguém. O homem seguiu, mas ao contrário, radiante, falava do milagre que lhe
foi concedido, com isso Jesus não pôde andar mais publicamente, muitos vinham
procurá-lo.
Inquestionavelmente
Deus sempre está do nosso lado, proposto a nos proteger e iluminar o nosso
caminho, mas, nos afastamos do seu amor toda vez que agimos com egoísmo e
arrogância, fazendo de objetos sacros como amuletos, desvirtuando sua real função,
colocando Deus como guardião de nossas pretensões terrenas. E é isso que vemos
na primeira leitura, quando o povo de Israel faz da arca da aliança, sinal do
Senhor no meio do seu povo, como amuleto de proteção diante de seus inimigos.
Isso não pertence a Deus. A nossa fé tem que ser igual a do homem, que ao ser
curado não se prende da alegria de ter tido um real encontro com o amor e quer
divulgar, catequizar todos aqueles que encontra à sua frente.
Precisamos discutir
qual a real função das imagens para nós católicos. Peço que analise uma foto de
uma mulher qualquer, não sentiremos nada, apenas poderemos dizer se a mulher é
bonita ou feia, se está alegre ou triste e assim por diante. Agora frente a
foto de nossa mãe, ao vê-la, o que sentimos? Não é somente uma mulher, mas nos
leva a lembrar todo o sacrifício, atenção, amor que aquela pessoa teve por nós.
Sentimos interiormente compaixão, saudades, emoções muitas vezes imensuráveis,
chegamos, caso não a termos mais ao nosso lado, chorarmos pela sua falta. E
essa é a função das imagens, de fazer nosso pensamento pender à pessoa que um
dia esteve ao nosso lado, viveu com nosso povo, trabalhou, se sacrificou em
favor do Projeto de Deus. A imagem não deve se tratada como amuleto, como
também, com respeito ao santo ou santa que nos lembra, não devemos quebrá-la,
do mesmo modo, como não rasgaríamos a foto de nossa mãe. Hoje ainda, quando
sinto vontade de beijar minha mãe vou até ela, mas quando sinto vontade de
beijar o meu pai, beijo sua foto, pois foi um santo homem em minha vida.
Cuidado, nós
vendedores, com as manias: não colocar a bolsa no chão, não entrar com o pé
esquerdo nos ambientes, verificar o horóscopo e tantas outras fantasias que
podem estar atrapalhando nosso desenvolvimento.
Peço a Deus que nos abençoe e nos conceda o discernimento de podermos
optar sem estarmos criando amuletos e fantasmas em nossa caminhada.
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